Saiba qual a expectativa do comércio e dos consumidores para as festas de fim de ano no preparo da ceia de Natal e confraternizações de réveillon. A época é considerada como uma das mais rentáveis para a economia. Entenda a perspectiva dos comerciantes e dos clientes por produtos mais em conta.
Em 2016 o comércio registrou quedas nas vendas, retração no consumo e alta taxa de desemprego. A expectativa da Federação do Comércio do Rio Grande do Norte – Fecomércio, é que no período natalino, época considerada como uma das mais rentáveis para a economia, as vendas sejam 10% mais baixas esse ano. Já a Federação da Câmara de Dirigentes Logistas do Rio Grande do Norte, afirma que o percentual pode ser menor, cerca de 5,3%.
Afrânio Miranda é Presidente da Federação da Câmara de Dirigentes Lojistas no RN. Otimista, ele aposta numa queda de até 3%. “Nossa expectativa é que esse recuo possa ser menor, de 5% para 3%. O mercado de cestas e alimentação deve ter também uma queda, mas pouco menor do que o comércio de uma maneira geral”, afirma.
Para quem atua no mercado informal o impacto não é tão perceptível. Adriana Antunes trabalha há mais de 8 anos com encomendas em períodos sazonais, principalmente em fim de ano. Para ela, apesar da crise as pessoas não deixam de celebrar as festividades. “Eu não senti crise, principalmente agora na véspera do Natal. Eu achei que o povo substituiria o peru pelo chester ou tirar o bacalhau, mas os clientes ainda estão pedindo os mesmos pratos do ano passado. As pessoas encomendam muito e não deixam de festejar”, indica.
Os produtos da ceia natalina devem ficar 8,83% mais caros esse ano, conforme dados da pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados. A padaria Gosto de Pão, em Natal, aposta em preços acessíveis como forma de fidelizar os clientes. “Não teremos muita mudança de preço com relação ao ano passado, apenas alguns ajustes, mas não vão ser tantos, procurando sempre o melhor para os nossos clientes em produtos, preço e atendimento”, diz Edna Paiva, encarregada da loja.
Apesar da situação financeira não ser tão amigável para o consumidor em todo o país, o que se sabe é que os natalenses vão utilizar o bom jeitinho brasileiro para preparar a ceia de fim de ano.